“FARMÁCIA VERDE: CONTEXTUALIZANDO O ENSINO DA QUÍMICA A PARTIR DO ESTUDO SOBRE PLANTAS MEDICIANIS”.
1 Introdução
Justificativa
A aprendizagem da Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, para que os estes possam julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola, nas pessoas, etc. A partir daí, o aluno tomará sua decisão e, dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (PCN's. MEC/SEMTEC, 1999).
No entanto, muitos dos nossos alunos demonstram dificuldades em compreender e entender os conteúdos de químicas por não relacioná-los ao seu cotidiano, levando a grande parte destes alunos não obterem êxito na disciplina, além de dificultar sua interação com o mundo.
O analfabetismo “químico” no ensino fundamental reflete de forma significativa no ensino médio, permitindo a continuidade das dificuldades e resistência dos alunos em relação a disciplina Química.
As Feiras de Ciências, como recurso didático no Ensino das Ciências com base teórico-prático, gera a curiosidade, aprimora o conhecimento cientifico, estimula a pesquisa e contextualiza o ensino de química a partir da prática cotidiana, das dúvidas temporárias e certezas provisórias dos alunos, minimizando as dificuldades de compreensão dos significados dos temos químicos básicos no ensino fundamental.
O projeto foi desenvolvido na Escola João Valle Mauricio, situada no Bairro Villagen do Lago no município Montes Claros MG. Motivados pela visita a Fazendinha da UFMG e participação da oficina intitulada “Hortas Verticais Urbanas” durante a Exposição Agropecuária de Montes Claros ministrada pelos acadêmicos, surge, com proposta para a VII Feira de Ciências da Escola Municipal João Valle Mauricio, o projeto “Farmácia Verde Urbana: contextualizando o ensino da química a partir do estudo sobre plantas medicinais”.
2 Objetivo geral
· Contextualizar e aprimorar o ensino de conteúdos de Química no ensino fundamental, através do estudo sobre propriedades fitoterápicas, formas de utilização das plantas medicinais e contexto histórico, cultural e social;
3 Objetivos específicos:
· Incentivar a produção da linguagem poética como forma de expressão da linguagem cientifica.
· Introduzir os alunos na pesquisa cientifica.
· Ampliar o conhecimento sobre a diversidade da flora medicinal disponível no Brasil e na região de Montes Claros.
· Identificar componentes químicos das plantas medicinais, seus efeitos preventivos e curativos na melhoria da qualidade de vida.
· Construir um blog para publicação das poesias como texto multimídia.
· Revisão dos conteúdos: substância, misturas e separação de misturas;
· Apresentação dos conteúdos: funções químicas e fórmulas químicas.
· Incentivar a participação dos alunos na I Feira de Ciências do Ensino Basico do Norte de Minas Gerais (FECEBNM) http://www.ica.ufmg.br/fecebnm/
4 Metodologia:
Com os alunos divididos em equipe de três integrantes, foram feitas as seguintes intervenções:
· Inicialmente apresentou-se a proposta, onde cada equipe escolherá uma espécie de planta medicinal para estudar, identificando as dúvidas temporárias e certezas provisórias dos alunos sobre as plantas medicinais mais conhecidas, formas mais comum de uso, ação terapêutica e prática de automedicação da população;
· Orientou-se os alunos para escrita dos projetos. Este momento serviu para explicar aos alunos como elaborar um projeto de pesquisa e porque os cientistas precisam organizar suas idéias para alcançar seus objetivos;
· Pesquisou-se na literatura online sobre a diversidade das plantas medicinais, sobre os constituintes químicos, efeitos preventivos e curativos da planta escolhida para estudo;
· Realizou-se uma oficina sobre construção de blogs para publicação dos poemas como hipertexto;
· Produziu-se um poema sobre a planta medicinal escolhida;
· Pesquisou-se sobre as formas de preparo da erva escolhida;
· Planejou-se a criação de uma horta medicinal urbana com garrafas pet;
· E uma ultima etapa será realizado uma pesquisa com populares dos bairros do entorno da Escola para levantar quais e como os conhecimentos sobre plantas medicinais são transmitidos ao longo das gerações.
· O processo de avaliação terá dois instrumentos: a primeira seria a auto – avaliação aplicada durante todo projeto como instrumento de reconhecimento das dificuldades e analise das aquisições positivas individuais; a segunda a avaliação final dos projetos sobre as apresentações feitas pelos grupos durante a Feira Interna de Ciências na Escola, onde se apreciam as aprendizagens de conteúdo e habilidades diversas.
4 Resultados obtidos:
Observado nesta primeira etapa o interesse dos alunos pelo desenvolvimento do projeto, ressalta-se:
· O avanço na compreensão do processo de pesquisa científica;
· A criatividade poética;
· O desenvolvimento de habilidade tecnológica;
· O interesse pelo conteúdo de Química, disciplina considerada pelos alunos de difícil compreensão;
· A responsabilidade coletiva no desenvolvimento do trabalho e a compreensão sobre a importância no conhecimento dos saberes populares sobre plantas medicinais.
5 Conclusões:
Ao final do projeto, espera-se que o conjunto de propostas desenvolvidas e em desenvolvimento abra caminhos para uma aprendizagem instigante e significativa de forma a facilitar a assimilação do ensino de Química no ensino fundamental.
6 Bibliografia:
ZANON, L.B. e Palharini E. M. A química no Ensino Fundamental. Química Nova na Escola, n.2, Nov 1995
MEC — Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Médio. Ciências Matemáticas e da Natureza e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação (Secretaria de Educação Média e Tecnológica), v. 3, 1999.